terça-feira, 13 de setembro de 2011

Karma drama

Escuridão ao redor
Tempo ao revés
O amor
A resistir bravamente
E tudo o mais num vão

Vagueia o tato
A decifrar contornos na penumbra
Ilusão, sentido, matéria
Voragem desconcertante do nada
Um Eu fatigado, a questão
E tudo o mais se destroça

Resta um impulso:
Mergulhar em si
(No tempo roubado do tempo
Na pausa ritimada do pulso)
Afundar em contorção
Feito serpente pelo chão
A esfolar a pele morta

Num clarear da visão:
Um princípio, um fim e a passagem
(Exatamente no meio)
Um oceano revolto a chacoalhar um cais
Onde o infinito inteiro
Aporta.